Sim, isso pode acontecer — hoje sabemos que nem todo câncer de tireoide precisa de tratamento com radioiodoterapia. A indicação depende do grau de risco do tumor:
Baixo risco
• Tumores pequenos, restritos à tireoide, sem invasão e sem metástases.
• Estudos recentes e prospectivos (ESTIMABL2 e IoN trial) mostraram que não há benefício em utilizar o radioiodo.
• Nesses casos, a conduta recomendada é não indicar radioiodoterapia, evitando um tratamento desnecessário.
Risco intermediário
• Situação controversa.
• Alguns pacientes podem se beneficiar, por exemplo, quando há metástases linfonodais volumosas ou múltiplas, idade mais avançada ou variantes histológicas agressivas.
• A decisão deve ser individualizada, considerando as características do tumor e do paciente.
Alto risco
• Nesses casos, a radioiodoterapia tem benefício comprovado, reduzindo o risco de recorrência e aumentando a sobrevida.
• Por isso, costuma ser uma indicação formal.
Em resumo: se o seu médico não indicou o radioiodo, é porque provavelmente avaliou que, no seu caso específico, o tratamento não traria benefício real.