O rT3 é uma forma inativa do hormônio T3.
Ele é produzido quando o corpo converte T4 em rT3 em vez de T3 ativo, o que costuma ocorrer em situações de estresse, doença grave ou desnutrição — uma espécie de “modo economia de energia” do metabolismo.
Quando o T3 reverso pode ser dosado
Em geral, só em contextos muito específicos:
• Pacientes com doença sistêmica grave (em UTI, sepse, desnutrição severa, cirurgias extensas).
• Para diferenciar entre hipotireoidismo verdadeiro e a chamada síndrome do doente eutireoideo (quando o TSH e T3 estão baixos, mas a tireoide é normal e o problema está no metabolismo periférico).
• Em raros casos, para avaliar conversão excessiva de T4 em T3 reverso e T2. Alguns tipos de tumores( Ex: hemangiomas hepaticos e sarcomas) expressam em excesso a enzima D3, que “desliga” o T4 e o T3, transformando-os em T3 reverso e T2 (inativos).
Quando NÃO é indicado
• Rotina em pacientes com hipotireoidismo ou Hashimoto, não recomendado.
• Monitoramento de reposição com levotiroxina (Puran, Synthroid, Euthyrox, etc.), o parâmetro correto é TSH e, se necessário, T4 livre.
• Avaliação de fadiga, ganho de peso, ou sintomas inespecíficos, o rT3 não ajuda e pode gerar confusão diagnóstica.

