Segundo o relatório Doenças Crônicas e Seus Fatores de Risco e Proteção, publicado pelo Instituto de Estudos para Políticas de Saúde, a obesidade tem se tornado cada vez mais prevalente nas capitais brasileiras.
Em 2020, foram registrados 21,5% dos adultos com obesidade, contra 20,3% em 2019. Manaus (24,9%), Cuiabá (24%) e Rio de Janeiro (23,8%) lideram a incidência de obesidade nas capitais.
A alteração no padrão de vida e de consumo durante a pandemia foi determinante para o agravamento de doenças. No entanto, a desigualdade social brasileira também é fator determinante na equação.
Em 2020, mais da metade dos domicílios tinham insegurança alimentar: 55,2%. Além disso, 9% conviveram com a fome, que chega a 12% nas áreas rurais e 22,1% entre os desempregados.
Entre a população de menor renda e menor escolarização, a chance de adquirir hipertensão e diabetes é o dobro de quem teve acesso à educação formal integral.
O relatório termina com a ênfase na atenção primária à saúde, que preza pela prevenção, qualidade de vida e um cuidado da população em detrimento do tratamento específico de doenças.
Em suma, os maus hábitos alimentares e o sedentarismo são os dois principais fatores que contribuem para o aumento de peso da população.