O zinco é um micronutriente essencial que participa de etapas-chave do metabolismo dos hormônios tireoidianos. Ele:
- auxilia na síntese de TRH no hipotálamo;
- influencia a secreção de TSH;
- é necessário para que T3 se ligue adequadamente ao receptor nuclear;
- participa da atividade de deiodinases, enzimas que convertem T4 em T3;
- modula estresse oxidativo e processos imunológicos.
Por esses mecanismos, o zinco contribui para a homeostase do eixo hipotálamo–hipófise–tireoide.
Evidências sobre prevenção
Os estudos mostram que:
- em animais, deficiência de zinco pode reduzir níveis de T3/T4;
- em humanos, baixos níveis de zinco se associam a hipotireoidismo, bócio e alterações funcionais;
- porém, a maior parte das evidências é observacional — não há ensaios clínicos robustos provando que suplementar zinco em pessoas saudáveis previne doenças da tireoide.
Em conclusão: A suplementação de zinco não é comprovadamente preventiva de distúrbios da tireoide em indivíduos com zinco adequado.
O que sabemos com segurança é:
- corrigir deficiência de zinco melhora parâmetros tireoidianos e pode evitar alterações funcionais;
- mas suplementar acima do necessário, em pessoas com níveis normais, não demonstrou reduzir risco de hipotireoidismo ou tireoidite autoimune.

