A tireoidite infecciosa aguda é extremamente rara, uma vez que a vascularização e a drenagem linfática da glândula protegem de infecções bacterianas, assim como a cápsula mas podem acontecer principalmente em pacientes imunossuprimidos.
Os agentes patogênicos são extremamente variados incluindo bactérias (estreptococos, estafilococos, pneumococos, Salmonella spp., E. coli, meningococos, T. pallidum, M. tuberculosis), fungos (C. immitis, Aspergillus spp., Actinomyces spp., C. albicans, Histoplasma, Nocardia, criptococos), protozoários e helmintos (Echinococcus, T. cruzi).
Em pacientes com HIV, os agentes importantes são os criptococos e o Pneumocystis carinii.
A via de infecção pode ser hematogênica (em imunodeprimidos) ou por contiguidade (fístulas).
Os pacientes geralmente apresentam um quadro febril agudo, com dor intensa na tireoide, calafrios, além de hiperemia, disfagia, disfonia, linfadenopatia regional e sepse.
Alguns indivíduos podem relatar infecção de vias aéreas superiores recente.
O melhor exame diagnóstico é a punção aspirativa com agulha fina, com bacterioscopia e cultura da secreção para adequação da terapia antibiótica. Ultrassonografia pode ser utilizada para guiar a punção e mostrar a presença de abscessos que quando presentes devem ser drenados.
Embora a maioria dos pacientes seja eutireoide, pode haver hipo ou hipertireoidismo (dependendo da extensão da destruição da tireoide).