Everton Ribeiro, jogador do Bahia Futebol Clube, foi diagnosticado com câncer de tireoide e passou por cirurgia nesta última segunda-feira — o que trouxe à tona esse tema tão importante e, muitas vezes, pouco discutido.
Mas será mesmo que retirar toda a tireoide é sempre a única opção?
O câncer de tireoide costuma ser silencioso. Na maioria das vezes, ele aparece como um nódulo no pescoço, que pode ser percebido ao se olhar no espelho ou identificado em um exame de rotina. Raramente causa dor, mas alguns sinais de alerta merecem atenção:
- crescimento rápido do nódulo,
- rouquidão persistente,
- dificuldade para engolir.
O tratamento inicial varia conforme as características do tumor. Em alguns casos, é possível apenas o acompanhamento clínico (vigilância ativa); em outros, pode ser indicada uma lobectomia — retirada de apenas um lobo da glândula.
A tireoidectomia total (retirada completa da tireoide) fica reservada para tumores maiores, multifocais ou com maior risco de disseminação.
Quando a tireoide é totalmente retirada, o paciente precisa fazer reposição hormonal com levotiroxina por toda a vida — é o hormônio que substitui o que a glândula deixará de produzir.
Já o uso do iodo radioativo não é indicado para todos os casos. Ele é reservado para situações específicas, geralmente quando há maior risco de recidiva ou características mais agressivas da doença.
A boa notícia é que o prognóstico é excelente. Quando o diagnóstico é feito precocemente, as chances de cura ultrapassam 95%.
Por isso, o diagnóstico precoce e o tratamento individualizado são fundamentais.